segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

"Bebês e crianças pequenas entre eles"

Apresentação do Filme do Instituto Pikler-Lóczy 
"Bebês e crianças pequenas entre eles"
Sábado 15/02/14, às 10h00 em Botafogo-RJ
Inscriçoes por email: loczyrj@gmail.com

A Dra. Maria vincze desenvolveu uma pesquisa sobre as interações das crianças entre elas. Esse filme apresenta crianças de 3 meses a 3 anos epermite visualizar as diferentes etapas do desenvolvimento!

VAGAS LIMITADAS!



sábado, 18 de janeiro de 2014

Observar a criança sob um duplo ponto de vista


" Quando observamos, devemos fazê-lo de um duplo ponto de vista: o do adulto e o da criança. Pois a criança não brinca, vive. Vive muito seriamente, implicando-se completamente, envolvendo todas as suas funções e todas as suas emoções em cada ato, desde o nascimento. Apenas a observação externa descobre nessa atividade os sinais de uma evolução, os elementos mais ou menos favorecedores de progresso, os fatores de comportamentos futuros cada vez mais complexos. Para a criança não se trata de "preparar o futuro", mas de esgotar suas possibilidade atuais".

A.Tardos e A. Szanto ( p. 33) . Educar os três primeiros anos: A experiência de Lóczy Org. Judit Falk. JM Editora

O tempo do movimento do bebê!


Após o nascimento, os músculos do bebê saudável já estão prontos para funcionar, embora seus movimentos estejam ainda descoordenados. Ele mexe os braços e as pernas, mexe o tronco para os lados e seus gestos parecem em alguns momentos enrijecidos, não tendo controle sobre eles.

Para que a criança desenvolva movimentos seguros e suaves, a criança deve percorrer um longo caminho no seu desenvolvimento físico e psíquico. Conforme o bebê vai se crescendo, ele descobre novas possibilidades motoras e durante o período em que ele está desperto, ele se mexe bastante, exercendo sua musculatura e aos poucos torna-se cada vez mais hábil.


O vídeo abaixo é de uma enorme riqueza, principalmente por conta da sua simplicidade. Uma criança de nove meses deitada no chão é filmada durante o período de 4 horas. O vídeo dura quase 3 minutos e é incrível ver como a criança é perseverante diante do intenso trabalho muscular que varia muito. A criança rola para o lado, rola para o outro, descobre que pode se movimentar no espaço, se arrasta, experimenta novos movimentos, novas posições, descobre o espelho…

A riqueza do movimento livre e espontâneo desperta na criança um prazer constante, pois a cada novo movimento e mudança de posição ela se apropria mais de seu corpo, e desta forma sente-se mais segura consigo mesma. A conquista desses movimentos foram descobertos por ela mesma “de dentro para fora”, respeitando seu próprio ritmo e com movimentos leves, ela descobre novas possibilidades motoras.
É importante lembrar que “there is not such thing as a baby, there is a baby and a someone” ( Winnicott,1965), um bebé não pode existir sozinho, ele é parte de uma relação. Embora o adulto não precise interferir diretamente nesse período em que a criança está desperta, deitada no chão, descobrindo a atividade autónoma livre, é fundamental que ele esteja disponível e proporcione um ambiente seguro, organize o quotidiano da criança, cuidando dela com respeito, tranquilidade e acolhimento de forma que ela possa evoluir, desenvolver-se e amadurecer emocionalmente de forma saudável.

"Insistirei um pouco sobre a importância das contribuições do Instituto Emmi Pikler-Lóczy, em Budapeste (...)"



"Insistirei um pouco sobre a importância das contribuições do Instituto Emmi Pikler-Lóczy, em Budapeste (...).
Uma enorme atenção é dispensada nos momentos de encontro com cada criança, na ocasião dos cuidados dirigidos a ela, na alimentação e nas trocas de fraldas, por exemplo. Mas entre esses momentos- nos quais a cuidadora intervém certamente pela qualidade de sua presença ( via sua função continência, sua função de verbalização e sua função transformadora no sentido bioniano do termo) - a criança vive momentos de atividade livre cuja a função é também importante.
Não se trata de deixar a criança só, como alguns puderam acreditar. Trata-se ao contrário, de deixar a criança, ou essas crianças, ao lado desse adulto, porém sem relação direta com ele, que se encarrega nesse momento de outra criança. Durante esse momentos de atividade livre, é de fato muito impressionante e emocionante ver a criança se lançar em um verdadeiro trabalho psíquico: tudo se passa como se ela tentasse, apoiando-se nas lembranças do recente encontro com adulto, simbolizar ou pré-simbolizar esses restos mnésicos através da manipulação dos objetos colocados à sua disposição, ou até mesmo de seu próprio corpo".


B. Golse. (2003) Sobre a Psicoterapia Pais-Bebês: narratividade, filiação e transmissão. São Paulo: Casa do Psicólogo.( Coleção 1˚Infancia)



Curso em São Paulo com Paulo Focchi!

Curso em São Paulo sobre como documentar as experiências dos bebês para construir o currículo para a escola da infância!

Formação Pikler em Paris

Aproveite os feriados do mês de Abril e mergulhe na abordagem Pikler-Lóczy em Paris!



para mais informações, envie um email p/ loczyrj@gmail.com

Feliz 2014!

Que 2014 possa ser um ano de Encontros consigo, com o próximo e com o mundo!